Amazonas
Amazonas tem mais de 11% de mão de obra infantil irregular, aponta Ministério Público do Trabalho
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A presença de mão de obra infantil irregular no Amazonas é, atualmente, de 11,3% – segundo dados do Observatório da Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Entre 2007 e 2018, foram notificados 300 mil acidentes de trabalho entre crianças e adolescentes até os 17 anos de idade, em todo o Brasil.
Entre as informações disponibilizadas pelo observatório, estão a distribuição do trabalho infantil segundo a existência de laços de parentesco com o produtor. Os dados são oriundos do IBGE e de outros órgãos e entidades que compõem o Sistema Estatístico Nacional.
Em alguns estados, a presença de mão de obra infantil irregular é ainda mais preocupante. Na região Norte, o Amazonas aparece em segundo lugar, com 11,3%, atrás de Roraima, com 12,7% e na frente do Pará, com 8,3%.
Fruto da parceria entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a ferramenta visa subsidiar o desenvolvimento, o monitoramento e a avaliação de projetos e programas com base em informações e evidências sobre o contexto socioeconômico em que o trabalho infantil ocorre.
O observatório
Durante o lançamento da plataforma, o procurador-geral do MPT, Ronaldo Fleury, afirmou que o observatório é um poderoso instrumento de planejamento de ações no âmbito de políticas públicas de prevenção e erradicação do trabalho infantil à medida em que permite o cruzamento de dados de diversos órgãos públicos.
“O observatório é um grande repositório de informações para que toda a temática relativa ao problema do trabalho infantil seja enfrentada”, disse. Fleury afirmou ainda que a atuação articulada com órgãos e entidades é fundamental para o fortalecimento de ações de combate ao trabalho infantil.
Segundo o diretor do Escritório da OIT no Brasil, Martin Hahn, a eliminação efetiva do trabalho infantil é um dos princípios que esteve na base da criação da OIT, em 1919, e que tem permanecido como um objetivo fundamental ao longo destes 100 anos.
“A ampliação da base conhecimento sobre as especificidades do trabalho infantil é de fundamental para a sua prevenção e erradicação e, portanto, o lançamento deste observatório é um importante contributo para o cumprimento da meta 8.7 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, particularmente no concernente à parte que abarca a eliminação das piores formas de trabalho infantil e até 2025 acabar com o trabalho infantil em todas as suas formas”, destacou.